[Oficina para Pais] Meu Filho e as Telas

O uso de telas por crianças é um tema quente nas discussões atuais sobre parentalidade. Com o avanço da tecnologia e o fácil acesso a dispositivos digitais, muitos pais e mães se deparam diariamente com a questão: “Quanto tempo meu filho pode passar na frente de uma tela?” Regras sobre o número de horas que uma criança pode usar dispositivos digitais se tornaram cada vez mais populares, e a maioria dos pais já ouviu a recomendação de “não deixar seu filho mais do que 2 horas” diante de uma tela.

Recentemente, movimentos anti-telas ganharam força nos grupos de WhatsApp de pais nas escolas, influenciados por tendências similares no Reino Unido e nos Estados Unidos. Como resultado, muitos pais passaram de uma postura permissiva a uma abordagem de “telas zero”, em um movimento pendular que ilustra bem a volatilidade das opiniões sobre o tema. No entanto, é importante destacar que muitos pais ainda estão distribuídos ao longo desse espectro, um tanto quanto desorientados, sem saber ao certo como proceder.

É Possível um Equilíbrio a Longo Prazo?

O movimento pendular entre extremos — de pais excessivamente permissivos em relação ao uso de telas para uma abordagem radical de “telas zero” — é uma resposta natural às incertezas e medos associados ao impacto da tecnologia na infância. No entanto, esse pêndulo extremo muitas vezes não oferece uma solução sustentável a longo prazo. A rigidez em qualquer um dos lados pode levar a frustrações tanto para os pais quanto para as crianças. Por um lado, a proibição total de telas pode gerar um desejo ainda maior pela tecnologia, transformando-a em um “fruto proibido” que desperta ainda mais interesse. Por outro lado, a falta de qualquer limitação pode expor as crianças a conteúdos e hábitos prejudiciais.

É neste ponto que o equilíbrio se torna não apenas desejável, mas necessário. O equilíbrio a longo prazo requer uma abordagem mais consciente e educada, onde os pais entendem não apenas os riscos, mas também as oportunidades que o uso moderado e orientado das telas pode oferecer. Em vez de oscilar entre permissividade e proibição total, a busca por um caminho do meio pode ser mais eficaz. Isso envolve definir limites claros, mas flexíveis, que se ajustem às necessidades e contextos específicos de cada família e criança.

Nossa oficina “Meu Filho e as Telas – Para Além das 2 Horas” surge como uma resposta a esse desafio. Com uma abordagem prática, a oficina busca proporcionar aos pais ferramentas e conhecimento para navegar esse território complexo, promovendo um uso consciente e equilibrado das telas. Reconhecemos que o bem-estar digital vai além de simplesmente contar horas na frente de uma tela; é sobre entender o contexto em que a tecnologia é usada, o conteúdo que está sendo consumido, e o impacto que ele tem no desenvolvimento e bem-estar das crianças.

Eu, Fernando, fundador da Guardião Digital, acredito que, diante de desafios complexos como esses, a melhor solução é ensinar tanto crianças quanto pais a pensarem com mais profundidade sobre o assunto. O pensamento crítico, infelizmente, tem se tornado cada vez mais raro nos dias de hoje, mas é fundamental para enfrentarmos questões como essa. Nossa oficina oferece um espaço seguro e acolhedor para pais e mães refletirem, aprenderem e discutirem sobre as melhores práticas para o uso de telas na infância, sempre com o objetivo de promover o bem-estar digital das nossas famílias.

A Jornada da Mediação: Do Desconhecimento à Atuação Ativa

Nos últimos anos, tenho batido na tecla do seguinte gráfico abaixo: nenhuma mediação, mediação restritiva e mediação ativa. Infelizmente, a maior parte dos pais está no quadrante de “nenhuma mediação”, onde não fazem ideia de como e o quê os filhos consomem e com quem interagem na internet. Estes pais, por desconhecimento ou falta de orientação, acabam deixando seus filhos livres no ambiente digital, sem qualquer supervisão ou orientação.

Por outro lado, alguns pais estão migrando para o quadrante da “mediação restritiva”, onde começam a ter contato com algumas ferramentas de supervisão e restrição, como bloqueadores de conteúdo e controles de tempo de tela. Embora essa mudança represente um avanço na direção da proteção digital, ela ainda não atinge o ponto “ótimo” da parentalidade digital.

O objetivo final será sempre levar os pais para o quadrante da “mediação ativa”, onde eles têm um conhecimento elevado sobre o que podem ser boas oportunidades, riscos e desafios no meio digital. Na mediação ativa, os pais não só entendem o que seus filhos estão consumindo, mas também participam ativamente na orientação e na discussão sobre o conteúdo digital. Este é o ponto “ótimo” da parentalidade digital, onde os pais são capazes não só de proteger seus filhos, mas de utilizar a tecnologia para apoiar seus interesses e sonhos.

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Venha fazer parte dessa jornada de aprendizado e descoberta!

08/26/2024